Reaparecem os Antigos Labirintos
Está a notar-se no Ocidente um grande aumento na construção e utilização de labirintos, em conjunção com o ressurgimento de outras práticas místicas como o Yoga e a Meditação Oriental. Nos Estados Unidos já se construiram mais de 1.000 labirintos em jardins de meditação, centros de retiro, igrejas, hospitais e prisões. A popularidade dos labirintos está tmbém a aumentar na Áfrrica do Sul e em muitos outros píses.
Os labirinos existem há cêrca de 4000 anos e encontram-se em muitas religiões e culturas. Há-os de vários desenhos, sendo os mais populares os de sete e onze circuitos. A palavra “circuito” é usada como descrevendo o número de vezes que o caminho circula à volta do centro. Quando uma pessoa caminha no labirinto, ela anda para tràs e para a frente, rodando 180 graus cada vez que entra num circuito diferente. Afirma-se que, cada vez que a pessoa muda de direcção, também muda a sua consciência do cérebro esquerdo para o direito e vicee-versa. Por êste motivo, atribui-se ao caminhar no labirinto a capacidade de conduzir a estados de receptividde da consciência, que ajudam a equilibrar as chakras da pessoa (os centros psíquicos do corpo).
Há vários tamanhos de labirintos, variando entre 14 metros de diâmetro e um pequeno de apenas 6o centímetros na parede da Catedral La Lucca, na Itália. Neste último labirinto, a pessoa traça o desenho com um dedo, de forma a sossegar a mente antes de entrar na catedral. Nos tempos medievais os labirintos eram muito populares. Durnte as Cruzadas, eram utilizados como representação simbólica da peregrinação à Terra Santa, e o seu centro representava Jerusalém.
Muitas pessoas cometem o êrro de pensar que um labirinto e uma rede de caminhos são a mesma coisa. As redes têm mais de uma entrada e mais de uma saída, e têm por fim fazer com que a pessoa se perca. Têm também becos sem sída. Com frequência posssuem também paredes ou barreiras para dificultar a visibilidade e assim tornar mais difícil encontrar o caminho certo. Encontrar o caminho numa rede é um jôgo a resolver, e obriga a pessoa a pensar. Produz ansiedade quando tomamos a decisão errada.
Os labirintos têm uma função exactamente oposta: São desenhados para ajudar uma pessoa a encontrar o caminho. Um labirinto possui apenas um caminho, que leva ao centro e que sai de novo. Não tem becos sem saída e portanto não tem por fim resolver um problema, mas sim ser um espelho que nos mostra onde estamos.
Lauren Artress
Uma das pessoas que mais se tem ocupado em reavivar o uso do labirinto é a Dra. Lauren Artress, dignitária da Grace Cathedral, uma igreja episcopal de São Francisco, na Califórnia. Ela levou o uso àquela catedral. E desde então, mais de um milhão de pessoas caminharam já os dois labirintos ali existentes. Imitando êste exemplo, construirram-se posteriormente muitos outros labirintos. Lauren é também fundadora e directora da Veriditas, a Voz do Movimento Labiríntico, e escreveu o livro Caminhando na Estrada Sagrada. Ela afirma que a maior parte das pessoas perdeu a sua consciência espiritual e a ligação consigo mesmas.
Na sua direcção na rede (www.gracecathedral.org) Lauren afirma: “Ninguém sabe quem criou qualquer das formas do labirinto, mas sabemos por experiência que, embebido em cada desenho existe um molde que sobremaneira acalma o nosso profundo íntimo, de modo a podermos escutar a nossa própria sabedoria e a sabedoria tentando chegar até nós. Quer caminhado, quer traçado na areia, o desenho do labirinto constitui um poderoso instrumento para a reflexão, meditação, realinhamento e um mais profundo conhecimento do eu”.
O caminho da vida
Num artigo, O Labirinto: Caminhando na viagem Espiritual (www.lessons4living.com/labyrinth.htm) a nossa viagem espiritual é descrita como segue: “Nós estamos todos no caminho, exactamente onde necesitamos estar. O labirinto é um modêlo do caminho. É um símbolo antigo relaciconado com a plenitude. Êle combina a imagem do circulo e da espiral num caminho sinuoso mas com finalidade. O labirinto representa uma viagem ao nossso próprio centro e de volta ao mundo. Os labirintos há muito tempo que são usados como instrumentos de meditação e de oração. O labirinto é uma metáfora da viagem da vida. É um símbolo que cria um espaço sagrado e que nos leva de fóra do nosso eu para o que está dentro.
Os labirintos e as redes têm sido muitas vezes confundidos. Quando a maior parte das pessoas ouvem àcêrca de um labirinto, pensam numa rede. A rede é como um problema a ser resolvido. Possui, voltas, curvas e caminhos cegos. É obra para o cérebro esquerdo, e necessita actividade lógica, analítica e em sequência para encontrar o caminho certo de entrada e de saída. O labirinto tem apenas um caminho. O caminho de entrada é o caminho de saída. Não tem ruas cegas. O labirinto é obra para o cérebro direito. Combina intuição, criatividade e imgens. Necessita de um estado mental mais passivo. A escolha está em caminhar ou não um caminho espiritual. Ao nível mais baixo, o labirinto é uma metáfora da vigem ao centro do mais íntimo do eu e do regresso ao mundo com uma melhor compreensão daquuilo que somos”.
Num artigo O Sagrado Labirinto – um Instrumento Antigo de Meditação (www.angelfire.com) a unificação final da humanidade é descrita como um dos resultados positivos desta prática. “Os labirintos são verdadeiros lugares sagrados. O próprio desenho é inerentemente poderoso. O espaço e a experiência do caminhar são também muito sagrados e poderosos e ajudam-nos a sentir uma maior Unidade. É um instrumento para pessoas de todas as fés se juntarem para uma experiêencia espiritual comum”.,
A Dra. Lauren Artress aceentua a natureza sagrada da experiência labiríntica ao dizer: -- “De certa maneira, o labirinto é uma igreja sem paredes”.
O conhecido prègador e autor Rick Warren, também se associa a esta prática. Num dos programas para uma conferência de pastores, (conforme publicado na direcção electrónica sôbre a Convenção Nacional de Pastores), Mencionam-se as seguintes actividades:
Às 7,30 – Abertura do labirinto
Das 8,30 às 9,15 – Exercícios matinais de oração contemplativa
Das 8,30 às 9,15 – Ginástica e Yoga
Os labirintos são de origem pagã, mas foram aceites e tornarm-se populares pela Igreja Católica Romana, com total conhecimento da sua aplicação mística. O Senhor comandou a Israel a destruição completa de todos os ídolos e locais de adoração das nações pagãs (Deuteronómio 12:2-3). Ne-nhuma associação com tais práticas era permitida. No entanto, os modernos prègadores protestantes estão a tomar a liberdade de experimentar práticas religiosas duvidosas do Oriente e da enganada Igreja Católica Romana. E ensinam ao mesmo tempo outros a fazer o mesmo. As práticas místicas (ocúlticas) são altamente prejudiciais, pois abrem o caminho ao “anjo da luz” (2 Coríntios 11:14) que assim penetra nos corações e no subconsciente das pessoas para as enganar e confundir com as suas mentiras. O resultado destas influências, é um conceito anti-bíblico de Deus e percepções erradas do que somos, da salvação e de outras religiões.